quarta-feira, 6 de abril de 2011

Mania de Gato!



É aquela velha história...
Tenho dois pares de asas, um desejo infinito no peito e um lado druida que não se cala.
Sou guerreira... Sou filha da lua. Quero sempre o vôo mais alto, a vista mais bonita, o beijo mais doce. Tenho um coração que quase me engole, uma força que nunca me deixa e uma rebeldia que às vezes me cega.
Tenho um jeito de viver selvagem, mas sou mansa com quem merecer.
Não gosto de café morno, de conversa mole, nem de noite sem estrela.
Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida.
Explicação mesmo, eu sei: não há. E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe.
E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase: O que eu quero mesmo? 
Por isso, eu te peço (de um jeito meio sem-vergonha, que é assim que costumo ser): se eu gostar de você, tenha a gentileza de não me deixar tão solta. Não me pergunte aonde vou, mas me peça pra voltar.
Sou fácil de ler, mas não tente descobrir porque o mesmo refrão insiste em tocar tanto.
Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim. E me deixe ser, assim, exatamente como eu sou. Meio gato, meio gente. Desconfiada. E independente. E adoradora de todos os luxos e lixos do mundo.
Quer me prender? Nem tente. Quer me adorar? A escolha é sua, vá em frente!


(Fernanda Mello)

terça-feira, 29 de março de 2011

Sinto MuiitO...


"Saudade é não saber.
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. "
 
(Matha Medeiro) 

domingo, 27 de março de 2011

Sobre as Águas



“Se o sol se pôr
E a noite chegar
Tu és quem me guia
Se a tempestade me alcançar
Tu és meu abrigo
Se o mar me submergir 
A tua mão 
Me traz a tona pra respirar 
E me faz andar 
Sobre as águas
Tu és o Deus da minha salvação
És o meu dono minha paixão 
Minha canção e o meu louvor
Aleluia, Aleluia...”
(Trazendo a Arca)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Questão de Sobrevivência! !



 
Navegue, descubra tesouros, mas não os tire do fundo do mar, o lugar deles é lá. Admire a lua, sonhe com ela, mas não queira trazê-la para a terra. Curta o sol, se deixe acariciar por ele, mas lembre-se que o  seu calor é para todos.
Sonhe com as estrelas, apenas sonhe, elas só podem brilhar  no céu.
Não tente deter o vento, ele precisa correr por toda parte, ele tem pressa de chegar sabe-se lá onde.
Não apare a chuva, ela quer cair e molhar muitos rostos,  não  pode molhar só o seu. As lágrimas? Não as seque, elas precisam correr na minha, na sua, em todas as faces.  O sorriso! Esse você deve segurar, não deixe-o ir embora, agarre-o!
Quem você ama? Guarde dentro de um porta joias, tranque, perca a chave!
Quem você ama é a maior joia que você possui, a mais valiosa.
Não importa se a estação do ano muda, se o século vira e se o milênio é outro, se a idade aumenta; conserve a vontade de viver, não se  chega à parte alguma sem ela. Abra todas as janelas que encontrar e as portas também.
Persiga um sonho, mas não deixe ele viver sozinho. Alimente sua alma com amor, cure suas feridas com carinho. Descubra-se todos os dias, deixe-se levar pelas vontades, mas não enlouqueça por elas.
Procure, sempre procure o fim de uma história, seja ela qual  for.
Dê um sorriso para quem esqueceu como se faz isso. Acelere seus pensamentos, mas não permita que eles te consumam. Olhe para o lado, alguém precisa de você.  Abasteça seu coração de fé, não a perca nunca. Mergulhe de cabeça nos seus desejos e satisfaça-os.
Agonize de dor por um amigo, só saia dessa agonia se conseguir tirá-lo também.
Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa  procura.
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando  julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se  afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se achá-lo, segure-o!
“Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala. O mais é nada”.
(Fernando Pessoa)